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  • Foto do escritorJulian Berman

Minhas reflexões sobre o documentário "O Dilema das Redes Sociais"​

Eu assisti no domingo à noite e resolvi dividir por aqui algumas reflexões que fiz durante e depois de dar o play. Como todo documentário, ele parte de uma ideia e ouve as pessoas que defendem esse mesmo ponto de vista.


Qual ideia? De que as redes sociais tem sido uma grande vilã da sociedade contemporânea. E quem são as pessoas que falam no doc? Ex-funcionários, engenheiros e ex-diretores das grandes empresas por trás das redes sociais.

Todos são bem críticos aos modelos de negócios e principalmente aos dilemas morais enfrentados. É um bom ponto de partida para começar essa discussão importante em relação a como a gente tem vivido a era digital. Agora, vamos as reflexões.


1) É preciso que as empresas reconheçam seus erros 


O documentário aponta muitos erros que precisam ser corrigidos pelas grandes empresas por trás das redes sociais, como maior regulamentação, privacidade de dados, necessidade de calibrar os algoritmos, manipulação e assim por diante. Abrir a discussão, mesmo que de forma mais simples, como no documentário, é importante e precisa ser feita já.


2) Nós também temos responsabilidade


Não é culpar a vítima, mas assumir que também temos responsabilidade nessa grande bagunça. Uma autocrítica, principalmente depois de entender os mecanismos apresentados no documentário, é mais do que necessária. Já se perguntou se não está ficando tempo demais nas redes sociais? Já questionou se a sua ansiedade e insegurança não está intimamente ligada à corrida por likes e engajamento das redes sociais? 


3) Fake News e maior regulamentação


No documentário se discute a ascensão das fake news e o impacto que elas podem causar e já causam na sociedade. Como elas geram mais engajamento, elas passam a circular de forma acelerada por conta do algoritmo. É importante criar um controle sobre a difusão de fake news, assim como de conteúdo nocivo nas plataformas das redes sociais. E isso precisa ser feito já. 


4) Polarização


A perda da capacidade de debater, faz com que a gente se feche a ouvir. Escutar os outros é uma habilidade incrível, e aprender a respeitar e ter a capacidade de buscar aprendizado em todas as oportunidades, faz com que a gente cresça como ser humano. A rede social faz com que a gente se esconda atras de computadores, e isso incentiva o ódio, a posição tomada e o extremismo.


5) É impossível voltar atrás


Não dá para colocar o gênio dentro da garrafa novamente, com disse um dos entrevistados. O que precisa mesmo é debater mais sobre o assunto, dar ao usuário o conhecimento e o poder de tomar melhores decisões.


6) Não precisa deletar suas redes sociais


Deletar suas redes sociais não vai fazer a menor diferença, se você não entender o problema. E deletar uma e continuar em todas as outras - inclusive nos emails e afins - é enxugar gelo. O importante é ter senso crítico e responsabilidade. Usar as redes sociais sem deixar ser usado por elas. É difícil? Sim, principalmente com todas as estruturas que eles criaram para nos colocar dentro dessa gaiola. Mas questionar e discutir já é um grande passo no sentido de fazer um uso melhor das redes. 


7) É preciso sair do automático


Se você vê um vídeo e ele te mostra um outro sobre o mesmo tema em seguida, você não precisa ver o outro também. Procure sobre outros temas, e veja vídeos sobre assuntos diferentes e não só aqueles sugeridos. Tente olhar acima do que se vê, procurando outras fontes e outros interesses por si só, e não só ir seguindo a correnteza.


8) Bônus: outro doc que discute assunto


fala de muitos dos assuntos expostos de uma maneira inteligente e criativa, abordando assuntos como fake news, dados, privacidade e outros, mas de uma maneira mais complexa e conectada a outros segmentos.

Você já parou para se questionar sobre o a sua relação com as redes sociais?

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